Apagaram +1 Graffiti em SP

Fiz questão não cortar nenhua linha e deixei o texto da coordenadoria da Juventude de São Paulo na integra. Leiam e manifestem-se!


por Coordenadoria da Juventude.
Na madrugada desta segunda feira, 29/09, um grafite no túnel José Roberto Melhem no cruzamento da Rebouças com a Paulista foi apagado para a divulgação de uma festa universitária do curso de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.
O grafite foi realizado com apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania enquanto ação do Festival de Direitos Humanos: Cidadania nas Ruas de São Paulo, em 2013. Este mural foi realizado em três dias, com a parceria de diversos artistas como Binho, Presto, Bonga, Snek, Chivitz, Minhau, Crânio, Marcelo Eco, Tinho, Bieto, Nick, Feik, Tikka, Nem, Locones, Choras, Romário, Tribo, Raul, Graphis, Mauro, Lipe e Tche.
Tal ação teve apoio da prefeitura e foi autorizada pela CPPU (Comissão de Proteção a Paisagem Urbana) com duração de no mínimo um ano. Ainda assim, arbitrariamente, sem a autorização dos órgãos responsáveis da Prefeitura e da Comissão de Proteção a Paisagem Urbana, o mural foi apagado para dar lugar a um anúncio de divulgação de uma festa universitária. Segundo a Lei Cidade Limpa de 2006, a exibição de anuncio sem a licença ou autorização é posta enquanto infração grave, e acarreta multa ao responsável.
Maior do que a preocupação em relação ao período de autorização do mural e das questões legais, a Coordenação de Políticas para Juventude defende uma cidade aberta, em que as pessoas tenham liberdade de ocupar os espaços públicos e se sentirem parte da mesma. O grafite e demais formas de intervenção urbana, com sua história, se colocam enquanto uma demonstração de resistência, formas legitimas de ocupação do espaço público por meio da arte.
Tal ação realizada representa a privatização dos muros, e não coopera de forma alguma com a construção de uma cidade democrática. A pintura do painel é uma agressão simbólica à política de ocupação do espaço público, adotada pela gestão, e de conexão e apropriação do centro pelas periferias de São Paulo.

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