GRAFITE E PICHAÇÃO SÃO TEMAS DE DEBATE NA BIBLIOTECA PÚBLICA - 18 de Junho de 2011
Foto: flickr portalpbh |
Sábado, 18 de Junho de 2011
Ano XVII - Edição N.: 3851
Poder Executivo
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GRAFITE E PICHAÇÃO SÃO TEMAS DE DEBATE NA BIBLIOTECA PÚBLICA
A
prática da pichação e do grafite foram temas do debate ocorrido na
quarta-feira, dia 15, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, na
Praça da Liberdade. O evento fez parte de uma demanda complementar à
mostra de fotos “Cidadão Cuidando do que é de todos” sobre ações de
remoção de pichações promovidas pelo Movimento Respeito por BH, que
estarão expostas na biblioteca até o dia 22 de junho. Foi discutida no
encontro a lei federal 12.408, que descriminaliza o ato de grafitar. Os
debatedores foram Cristianne Moreira, delegada da Polícia Civil do
Estado de Minas Gerais, Rosane Corgosinho, analista de Políticas
Públicas da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, e
Fred Negro, grafiteiro e arte-educador.
Rosane
Corgosinho enfatizou a necessidade de se educar o olhar e os demais
sentidos. Segundo a analista, Belo Horizonte desenvolve uma série de
iniciativas educativas. “Além das estratégias de repressão qualificada e
remoção de pichações implementadas na cidade desde o ano passado, o
projeto piloto em desenvolvimento na Regional Pampulha, com a
participação dos alunos da Escola Municipal Integrada Alice Nacif,
juntamente com o Centro de Cultura Pampulha, irá contribuir
decisivamente para a sensibilização e educação patrimonial das crianças e
jovens”.
“É
um ato de vandalismo e que polui visualmente a cidade. As denúncias
sobre pichadores são fundamentais para colocarmos fim nesta prática de
crime”, disse Cristianne Moreira. A delegada discutiu também a questão
do grafite. “É uma forma de intervenção e expressão artística, mas temos
de respeitar os direitos dos outros. Ao grafitar, temos que saber se o
poder público ou o espaço particular permite esta manifestação”.
O
papel da educação no combate à pichação foi destacado pelo artista Fred
Negro. “Ela tem importância fundamental para que novos pichadores não
surjam todos os dias. Eu mesmo fui pego pichando em 1995. Graças às
oportunidades e ao apoio que recebi, pude me reeducar e estou concluindo
o curso de designer gráfico”. Fred afirmou que os grafiteiros querem
propor um diálogo com a cidade. “Queremos expressar nossas ideias, mas
sempre respeitando as leis”, afirmou.
Materia retirada na integra do: portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1060398
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