Girando pelo Alto, uma Belo Horizonte, fora da bolha.

No último dia 26 de abril, aconteceu o “Giro pelo Alto Vera Cruz”. Na oportunidade pudemos dialogar com alguns personagens locais, ouvir histórias e visitar pontos estratégicos da comunidade do Alto Vera Cruz.

O encontro iniciou às 9 horas na Escola Municipal Israel Pinheiro, e o grupo da visita foi composto por estudantes e professores do curso de história da UFMG, juntamente com Sebrae Minas e o time da DTG Brasil. E juntos percorremos cerca de 2,7 km à pé, dentro da comunidade, perpassando pelas histórias, vida cultural ativa e pelas conquistas coletivas. O Giro que teve como anfitrião Fred Maciel, conhecido por Negro F., que é educador e empreendedor local, que conduziu o grupo por todo percurso.

Iniciamos com um bate papo de boas vindas na Escola Municipal Israel Pinheiro, onde fomos acolhidos pela direção escolar e em seguida fomos a Praça Dona Valdete, um lugar emblemático para comunidade onde sempre acontece eventos, encontros e festivais. Saímos de lá e seguimos caminhando pelas ruas e passamos por graffiti´s temáticos do projeto “Amor Pelo Alto Vera Cruz nos Muros” que abordam sobre: A mulher do Alto, Juventude e Cultura, Identidade Negra e Resistência do Povo e Alto Vera Cruz do Futuro e pelo caminho visitamos personagens como o jovem empreendedor e alfaiate Webert “Nego” (morador da vila Buraco do Sapo), que atende toda a comunidade e região com serviços de reparos, costuras e criação sob medida e as gloriosas Meninas de Sinhá, onde fomos recebidos por abraços e sorrisos dessas mulheres que são patrimônio da nossa cidade, que foi fundado em 1989. Que entre um causo e outro, é claro que fomos contagiados pelas palavras, pela música e pelo espírito jovem, dessas lindas senhoras.

Seguimos o Giro, visitamos o Centro Cultural Alto Vera Cruz, onde fomos recebidos pela gerência do equipamento, a Márcia Alves, este que é um dos vários símbolos de conquista da comunidade através do orçamento participativo de 1995. Ela nos contou sobre honra de estar num equipamento público desejado pela comunidade e hoje apropriado pela mesma através de várias ações e serviços. E como não podia faltar, ao final do encontro por volta das 12 horas, fomos ao restaurante Fundo do Bar que é coordenado por “Marcinho” que é proprietário, onde almoçamos e assim finalizamos o nosso Giro pela comunidade.

E o que fica para todos dessa vivência coletiva é a grande mensagem deixada por Dona Valdete da Silva Cordeiro (in memoriam), que hoje estampa o DNA desta comunidade para o mundo é que: “quando o povo se une às coisas dão certo”. Em breve vamos programar outros Giros como estes, acompanhe as redes e vamos nos conectando.